Gases Refrigerantes Ecológicos na Restauração

A sustentabilidade deixou de constituir uma escolha para se afirmar como uma exigência incontornável no setor da restauração. Entre os diversos domínios que carecem de transformação, a refrigeração, elemento fundamental em qualquer cozinha profissional, assume um papel central no contexto das preocupações ambientais. A transição dos gases refrigerantes convencionais para alternativas ecológicas representa uma das evoluções mais relevantes que o setor enfrenta atualmente, impulsionada por regulamentações cada vez mais exigentes e por uma crescente sensibilização relativamente ao impacto climático das operações quotidianas.

Evolução no Caminho da Ecologia

Durante várias décadas, os sistemas de refrigeração comercial recorreram a gases como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), valorizados pela sua eficiência e estabilidade operacional. Contudo, face aos dados revelados por estudos recentes e pelas conclusões de entidades como a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), tornou-se claro que os HFCs possuem um elevado Potencial de Aquecimento Global (GWP), podendo ser centenas ou mesmo milhares de vezes mais nocivos para o clima do que o dióxido de carbono. Esta constatação conduziu à introdução de regulamentações mais rigorosas por parte da União Europeia, nomeadamente através do Regulamento dos Gases Fluorados (F-Gas), bem como por outras entidades reguladoras a nível internacional.

A Refrigeração Ecológica na Restauração

No setor da restauração, onde a conservação segura de alimentos e bebidas depende intrinsecamente de sistemas de refrigeração de elevado desempenho, a escolha do gás refrigerante assume hoje um carácter estratégico. A adoção de gases naturais, como o dióxido de carbono (R-744), o propano (R-290) ou o isobutano (R-600a), configura-se como uma alternativa viável e ambientalmente responsável, combinando baixos valores de GWP com elevada eficiência energética. Estes gases permitem assegurar uma refrigeração eficaz, ao mesmo tempo que contribuem para a redução substancial das emissões de gases com efeito de estufa, promovendo práticas mais sustentáveis no setor.

Contudo, a implementação destas soluções vai muito além da simples substituição de um gás por outro. Implica uma reconfiguração abrangente dos sistemas existentes, a adaptação das infraestruturas, a capacitação das equipas técnicas e, sobretudo, a adoção de práticas de manutenção preventiva rigorosas. Um dos principais desafios associados aos sistemas mais antigos prende-se com a ocorrência de fugas, o que reforça a importância de inspeções regulares e de uma manutenção adequada. A evolução do enquadramento legal não se limita à restrição de determinados compostos; impõe igualmente requisitos crescentes em matéria de rastreabilidade, eficiência energética e durabilidade dos equipamentos.

Responsabilidade Ambiental a par da Eficiência Operacional

O setor da restauração assume, assim, um papel determinante no processo de descarbonização da cadeia alimentar. O investimento em sistemas de refrigeração que recorrem a gases ecológicos representa não só um compromisso com a conformidade legal e a valorização da imagem da marca, mas também um passo estratégico rumo a um modelo de negócio mais sustentável e resiliente face aos desafios futuros. Paralelamente, a certificação ambiental de edifícios, como a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), tem vindo a ganhar crescente relevância no setor da hotelaria e restauração, reconhecendo e valorizando as entidades que optam por equipamentos com menor impacto ambiental.

Em última análise, as transformações em curso no domínio da refrigeração constituem uma oportunidade estratégica para o setor da restauração assumir uma posição de liderança e dar o exemplo. A adoção de gases refrigerantes ecológicos não deve ser percecionada como um entrave, mas antes como uma evolução natural e indispensável para as organizações que ambicionam operar com responsabilidade ambiental, eficiência operacional e uma visão orientada para o futuro.

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